Princípios

A abordagem complexa dos saberes locais, isto é, das compreensões e práticas distintas sobre o mundo natural , emerge do contexto de crise paradigmática da ciência moderna e da necessidade de abertura ao diálogo com outros saberes. Incluímos nessa categoria o patrimônio material e imaterial de coletividades que, desde seus territórios, buscam resistir e reafirmar suas identidades frente à modernização e racionalização de suas realidades . Parte-se, portanto, da necessidade de abertura ao diálogo com outros saberes; a abordagem complexa, nesses termos, deve possibilitar a compreensão do saberes locais sobre o mundo natural apoiando-se em na união de métodos e técnicas oriundos de outros ramos científicos (da psicologia, da antropologia, da sociologia, da linguística, da ecologia, da geografia, etc.) de forma a permitir a interpretação das narrativas (da ciência e dos sabres locais) acerca da subjetividades dos fenômenos espacial (o território da comunidade) e temporal (o tempo social e biológico) que configuram a sociobiodiversidade de territórios tradicionais e alternativos.

segunda-feira, 2 de maio de 2016

INTEGRANTE DO INTERCONEXÕES DEFENDE DISSERTAÇÃO DE MESTRADO COM DISTINÇÃO

O Grupo de Pesquisa Interconexões parabeniza Adelta Staniski pela obtenção do título de Mestre em Gestão do Território concedido pelo Programa de Pós-Graduação em Geografia da UEPG. No dia 05 de Abril de 2016, Adelita defendeu seu trabalho intitulado "OS SABERES MATEIROS DAS COMUNIDADES TRADICIONAIS DA REGIÃO SERRA DAS ALMAS, PARANÁ: HISTÓRIAS DE VIDA E PAISAGENS", perante a Banca acadêmica composta pelos professores Dr. Almir Nabosny (UEPG) e Dr. Marcio Antonio Haliski (IFPR). O seu trabalho de caráter interdisciplinar, sob orientação do Prof. Dr. Nicolas Floriani (UEPG) e co-orientação da Profa. Dra. Rosemeri Segecin Moro (UEPG), explorou os saberes ecológicos da mata de três comunidades rurais tradicionais (uma quilombola, uma faxinalense e de agricultores familiares) localizadas no distrito de Três Córregos, área rural do Município de Campo Largo no Paraná, região popularmente conhecida como “Serra das Almas”. Dentro da perspectiva de uma nova Geografia Regional e Cultural, o trabalho aborda a espacialização da relação das comunidades com suas florestas-território, nos últimos 40 anos marcados pela modernização do espaço rural tradicional. Para tanto, do trabalho lança mão de metodologias das ciências sociais como a historia oral e cartografia participativa, e das ciências biológicas, tais como os levantamentos botânico e fitossociológico. A pesquisa foi aprovada com distinção pela banca examinadora e estará disponível para consultas no site do Programa de pós-Graduação em Geografia da UEPG (http://sites.uepg.br/ppgg/)

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